terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Afinal, hoje é quarta ou domingo?

Este não é um tipo de post que eu costume escrever aqui para o blog. Mas ontem um amigo meu compartilhou esta imagem, e eu achei o problema interessante o suficiente para dar uma olhada.


Descobri que esse problema foi compartilhado bastante pelo facebook e similares, e parece que sempre suscita algumas discussões sobre a resposta correta. A parte interessante é que pouca gente parece se dar conta de que o problema tem duas possíveis respostas, e menos ainda sabem o porquê disso.

Então segue abaixo minha resolução, para você entender por que hoje pode igualmente ser Quarta-feira ou Domingo (embora, pra ser honesto, eu esteja escrevendo este post numa manhã de terça).

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"Se ontem fosse amanhã, hoje seria Sexta-feira. Que dia é hoje?"

Primeiramente, o objetivo do problema é descobrir que dia da semana é o hoje real, então:

Hoje (real) = ?

O condicional "seria" indica que o primeiro hoje da sentença é hipotético, logo:

Hoje (hipotético) = SEXTA

"Se ontem fosse amanhã (...)"

É aqui que o problema se divide. O uso dos condicionais "se" e "fosse" permite interpretar a sintaxe de duas formas:

Ontem = hipotético / Amanhã = real

ou 

Ontem = real / Amanhã = hipotético

Em ambos os casos, Ontem = Amanhã

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HIPÓTESE 1: (Ontem = hipotético / Amanhã = real)

Ontem (hipotético) = Amanhã (real)

Logo:

Amanhã (real) = QUINTA

Logo:

Hoje (real) = (Amanhã [real]) -1 = QUARTA

Na Hipótese 1, Hoje = QUARTA.

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Hipótese 2: (Ontem = real / Amanhã = Hipotético)

Amanhã (hipotético) = Sábado, logo:

Ontem (real) = Sábado

Hoje (real) = Sábado +1 = DOMINGO

Na Hipótese 2, Hoje = DOMINGO.

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Qual o motivo da confusão, afinal? É o seguinte: normalmente, só quem gosta de matemática tenta resolver este problema. E essas pessoas, na maioria das vezes, não gostam de língua portuguesa, então não entendem de sintaxe. Assim, assumem que a frase só pode ser interpretada de uma forma, portanto o problema lógico/matemático também só possui uma resposta.

Ou seja: se as pessoas não buscassem ser tão especializadas, problemas multidisciplinares como este seria triviais.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Temporada Inverno 2015 - Primeiras Impressões pt1


Refazendo a explicação que eu me forço a fazer quatro vezes por ano (porque né, nunca se sabe): as estreias de animes no Japão são lançadas sempre em grandes blocos que acompanham as quatro estações do ano.

Assim, eu sempre (menos na temporada passada, por falta de tempo) assisto a maior quantidade possível de estreias, e escrevo uns dois posts com as minhas Primeiras Impressões aqui para o blog.

Lembrando que eu sempre me oriento pelo Guia Completo do Gyabbo, o melhor que eu conheço em língua portuguesa.

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Junketsu no Maria



Gêneros: HistóricoFantasia.
Fonte: Mangá.
Estúdio: Production IG.
Diretor: Goro Taniguchi.

A história é sobre Maria, a bruxa mais poderosa da época da guerra dos Cem Anos na França. Ela odeia guerra, então ela atrapalha as batalhas usando seus poderes mágicos. Ela, sua succubus Artemis e incubus Priapos começam a chamar a atenção dos céus, então o Arcanjo Miguel intervem. Ele decreta que, quando Maria perder sua virgindade, também perderá seus poderes. Enquanto isso, um lindo anjo chamado Ezequiel é encarregado de cuidar para que Maria não use magia na frente dos outros, mas ela continua usando.


Começando com o melhor, esse anime tem tudo para ser o melhor da temporada. Não se destaca nem inova nos aspectos técnicos, mas é eficiente e apresenta uma ótima trilha sonora. Na parte histórica, dá uma aula a Hollywood. Roupas, cenários, representação de batalha e até a tensão entre a aceitação das heresias e sua condenação pela Igreja Católica, tudo surpreendentemente consistente com a realidade. Para um estudante de História Medieval como eu, foi de chorar.

Mas o anime não pára por aí. A protagonista, Maria, é cativante e bem construída, com suas dúvidas e inseguranças de puberdade, e ao mesmo tempo um discurso de empoderamento feminino que é raríssimo de se ver numa sociedade machista como a japonesa. Até o ecchi é bem encaixado e engraçado, não jogado como em muitos animes.

Se o resto do anime entregar o que o primeiro episódio promete, ela será inesquecível.


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Binan Koukou Chikyuboueibu LOVE!




Gêneros: Comédia, Magia, Slice of Life.
Fonte: Original.
Estúdio: Diomedea.
Diretor: Shinji Takamatsu.


A história se passa entre os cinco alunos do Clube da Defesa (ou “um clube para não fazer nada”) do Colégio Binan. Duas misteriosas criaturas chegam do espaço sideral. Uma, um combate rosa, fica com o Clube da Defesa e a outra fica com o Clube da Conquista (Conselho Estudantil). Por conta disso, os dois clubes têm que lutar para saber quem sentará no trono dos Combatentes Apaixonados.


Um mahou shoujo, no melhor estilo Sailor Moon, só que com garotos. Parece uma boa ideia para um anime de comédia escrachada, e eu tinha esperanças de que fosse ser bom. Mas não é muito engraçado. Poucas piadas funcionam, e os personagens já são femininos demais para que a transformação tenha qualquer valor cômico. Não chegou a ser uma experiência dolorosa de assistir, mas também não dá muita vontade de continuar.

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Assassination Classroom



Gêneros: Comédia, Escolar, Ação, Slice of Life.
Fonte: Mangá.
Estúdio: Lerche.
Diretor: Seiji Kishi.

Os alunos da turma 3-E têm uma missão: matar seu professor antes da formatura. Ele já destruiu a Lua e prometeu destruir a Terra se não for morto dentro de um ano. Mas como essa turma de desajustados conseguirá matar um monstro de tentáculos, capaz de alcançar a velocidade Mach 20 e que, ainda por cima, consegue ser o melhor professor que qualquer um deles já teve?



Com essa sinopse insana, parece ser um anime de comédia bem nonsense. E não deixa de ser. Mas o primeiro episódio sugere algo mais elaborado e profundo, com real desenvolvimento de personagem. Ao menos o mangá (que, aliás, está sendo publicado aqui no Brasil) é bastante reconhecido e aclamado, o que me faz ter boas expectativas quanto ao anime.

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Yuri Kuma Arashi



Gêneros: Fantasia, Romance.
Fonte: Mangá.
Estúdio: Silver Link.
Diretor: Ikuhara Kunihiko.


Uma “fantasia intelectual” sobre Kureha, uma colegial “transparente” que sequer é notada pelos outros. Toda noite ela tem um sonho sobre “um urso e uma tempestade transparente”. Neste sonho, seu misterioso colega de sala Ginko Yurishiro aparece em forma de urso.


Uma merda. Próximo!

*suspiro* Tá, acho que posso ser mais específico.

Primeiro vou explicar melhor o plot, porque a sinopse oficial é péssima. Existe uma muralha (rosa e com estampa de patinhas ¬¬') que divide o mundo entre humanos e ursos. E aí duas ursas assumem forma humana (de garotas fofinhas) e se infiltram em uma escola só para garotas (todas fofinhas - aparentemente não existem homens nem gente feia nesse mundo). E começam a devorar algumas garotas (eu acho; foi difícil assistir isso até o fim).

Pra ser justo, a arte e a trilha sonora são razoavelmente boas. E só. Não tem roteiro nem conflito, as personagens são vazias, o ritmo é arrastado. Talvez valha a pena ver as cenas de yuri, caso você goste, e só.

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Death Parade


Gêneros: Horror, Psicológico.
Fonte: Original.
Estúdio: Madhouse.
Diretor: Yuzuru Tachikawa.


“Bem-vindos ao Queen Dekim” Dois visitantes chegam ao estranho bar Queen Dekim e são recebidos pelo barman de cabelo branco, Dekim. “Daqui em diante vocês devem começar uma batalha onde suas vidas estão na balança,” ele diz para apresentar o Death Game. A verdadeira natureza dos visitantes aparece e, conforme o jogo segue, Dekim se revela como árbitro do jogo. O julgamento de Dekim para aqueles dois estranhos é…


A sinopse oficial, novamente mal feita, leva a crer que é uma espécie de Battle Royale genérico, ou então o tipo de anime poser sangrento que agrada a moleques de 13 anos fãs de Jogos Mortais. Mas o primeiro episódio foi realmente bom, principalmente em relação ao ritmo. Com apenas três personagens interagindo dentro de uma sala fechada, seria fácil o episódio parecer arrastado, mas ele conseguiu manter a tensão até o final.

Na parte técnica, tudo foi eficiente e condizente com o clima, mas pouco impressionante. Só a abertura me chamou um pouco mais a atenção.

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Por enquanto, vou encerrar por aqui. Em breve eu volto com mais algumas Primeiras Impressões de animes que parecerem interessantes.

De longe, o anime que mais me impressionou até agora foi Junketsu no Maria. E, a julgar pelas sinopses e trailers do resto da temporada, não acho que nada vá superá-lo. Veremos.