segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Os 10 livros que marcaram minha vida




Começou como uma postagem de uma amigo de longa data no facebook, passando adiante uma dessas brincadeiras de rede social. Esta, no entanto, faz parte da minoria de brincadeiras realmente interessantes e construtivas.

A regra era listar e justificar 10 livros que mais marcaram sua vida. Veja bem: não os 10 melhores livros que você já leu, ou os seus 10 favoritos. Os que mais marcaram sua vida. Simples.

Como sempre resolvi, transformar isso em material aqui para o blog. Sem mais delongas:

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1. Harry Potter, de JK Rowling - O primeiro livro de maior volume e relevância que li na minha vida, ainda no saudoso ano de 2002, quando eu tinha 8 anos de idade. Acima de tudo, o maior responsável pelo meu amor pela literatura e pela fantasia. Eu costumo dizer que cada fase da minha vida teve uma saga de literatura fantástica firmemente atrelada, e Harry Potter é a da minha Infância (embora eu carregue comigo até hoje).



2. O Senhor dos Anéis, de JRR Tolkien - Não só a trilogia, como toda a extensa obra e mitologia de Tolkien, ocupam seu lugar como obra de fantasia da minha Adolescência. Li A Sociedade do Anel pela primeira vez em 2007 (já havia lido O Hobbit), e passei meu Ensino Médio me aprofundando neste universo. Me ensinou a estreita e indispensável relação entre simbologia e fantasia.



3. As Crônicas do Matador do Rei, de Patrick Rothfuss - Finalizando a trinca, essa é a saga de fantasia que está atrelada à minha fase de vida atual. Simplesmente o desenvolvimento de personagem mais completo e tocante que já li, além de uma rara poesia na narrativa. Me identifico muito com o protagonista, pois compartilho da principal característica dele: uma pluralidade de interesses pelos assuntos mais diversos. Se alguém me perguntasse, essa seria "a obra que eu gostaria de ter escrito".



4. As Aventuras de Tom Sawyer, de Mark Twain - Li esse clássico da literatura norte-americana no melhor momento possível, quando eu era criança. Ele ajudou a definir muito da minha visão sobre infância, sobre crianças e sobre a vida em si, junto com o filme Ponte para Terabítia.



5. O Inimigo do Mundo, de Leonel Caldela - Eu jogava RPG, e adorava o cenário de Tormenta, por isso resolvi ler o romance ambientado nesse cenário. Estava adorando, quando de repente um fato bem óbvio me atingiu com a força de um Míssil Mágico: esse livro foi escrito por um brasileiro! Foi a primeira vez em que me dei conta de que um brasileiro podia produzir obras tão boas quanto as gringas, e também a primeira vez em que me dei conta de que queria ser escritor de fantasia.



6. A Batalha do Apocalipse, de Eduardo Spohr - Anos depois de O Inimigo do Mundo, outra obra de fantasia sensacional escrita por um brasileiro voltou a me colocar no caminho do qual eu havia me desviado um pouco: escrever. Dessa vez, mais velho e mais maduro, eu pude me dedicar a isso com mais seriedade.



7. A Jornada do Escritor, de Christopher Vogler - O livro básico que me jogou neste caminho árduo de estudar narrativa. Foi uma pedra fundamental, e também um portão para outras leituras que me ajudaram a melhorar não apenas minha escrita, como também minha leitura de outras obras (em todas as mídias).



8. As Crônicas de Arthur, de Bernard Cornwell - Minha porta de entrada para um de meus autores favoritos, e também para todo o gênero da ficção histórica. E esta é a principal responsável pelo meu amor pela História, portanto esse livro foi fundamental para as minhas escolhas de vida e formação intelectual.



9. As Vantagens de ser Invisível, de Stephen Chbosky - Gostaria de ter lido este livro no momento certo da minha vida, quando estava no Ensino Médio. Ainda assim, me tocou emocionalmente como creio que nada antes, e abriu minha mente a certas sensibilidades da narrativa que vão além da simbologia da literatura fantástica.



10. On the Road, de Jack Kerouac - A primeira obra que li da maravilhosa geração beatnik. Mais do que tudo, este livro me fez refletir intensamente sobre a própria noção de arte, sobre a relação entre vida e arte, entre autor e obra... Enfim, ajudou a refazer todos os meus fundamentos sobre arte e filosofia artística.



Menção Honrosa: Indiana Jones and the Hollow Earth, de Max McCoy - O livro em si é um pulp muito divertido, porém pouco marcante. Mas foi a primeira obra substancial que li inteiramente em inglês, o que expandiu muito meus horizontes.

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Eu poderia citar muitos outros que me marcaram de formas diferentes, mas escolhi priorizar os que me formaram como leitor e autor. Acima de serem dez livros, foram dez momentos marcantes da minha vida.